Esse projeto ocorreu durante os meses de junho e julho de 2021. Foi elaborado com muito amor e carinho para quem desejava diminuir a insegurança e a ansiedade para os atendimentos no último ano de faculdade em psicologia.
No grupo houve interação através de mensagens de texto e áudio entre os estudantes e a psicóloga organizadora e idealizadora...

Vanessa Castro
Psicóloga em Natal/RN

O quê se recomenda para a prática de cuidados paliativos no Brasil?
27/12/2021
Para apaziguar o sofrimento em cuidados paliativos recomenda-se que o paciente possua cuidados de humanização, acompanhamento médico, psiquiátrico, psicológico, nutricional, espiritual, familiar e social.
Afim de conseguir a melhor qualidade de vida possível para pacientes e família, proporcionando alimentação e medicações que visem controlar a dor e outros sintomas desconfortáveis.
Os psicólogos ocupam o cargo de auxiliar o paciente e família no enfrentamento do adoecimento e na confrontação da morte de maneira gradativa, se for o caso de existir cura ou não. Atuando nesse processo por meio da psicoeducação, de questões referentes aos estigmas sociais que o câncer desperta, nas concepções e inquietações a respeito da morte mesmo que apareça de forma camuflada e sutil, no modo como o paciente reavalia a vida, reavalia seu corpo, tratamento e doença.
Afim de que estes possam refletir, repensar suas questões sob outras perspectivas, descobrindo quiçá potenciais seus desconhecidos até então. Tendo em vista que a questão da finitude e da terminalidade serem tópicos marcantes de passagem na vida dessas pessoas por serem seres mortais. E por serem seres mortais podem vir a adoecer seus pensamentos a respeito de si e dos demais. Pelo desenvolvimento de angustias, inseguranças, medos, raivas, com a sensação de desespero, desamparo auxiliado ao sentimento de inutilidade e culpa por ser motivo de transtorno a alguém devido a sua condição de saúde.
Outros acompanhamentos que fazem o diferencial nesse contexto é o espiritualista e o social. O espiritualista, consoante Ana Claudia, é fundamental porque resgata a essência do ser humano, que não tem a ver com a religiosidade, pois a religisiodade é só um caminho para encontrar a espiritualidade. A espiritualidade é como a pessoa se relaciona consigo e com o outro, com a natureza, o universo e com Deus. Na busca de encontrar um sentido na sua existência e natureza humana.
O social corresponde as relações interpessoais presentes do paciente com amizades da rua ou apartamento ou condomínio, do trabalho, da escola, da faculdade, das festas, do próprio hospital, por exemplo. Tanto de forma presencial, como on-line hodiernamente devido a pandemia da covid-19 e variantes.
Mas claro que existem inúmeras formas de lidar com esse contexto. Cada paciente tem o livre arbítrio de escolher aquilo que melhor se adequa a seu contexto comunitário, social e cultural.
O paciente aciona os serviços se quiser fazer. Independente se é criança, adolescente, adulto ou idoso. Prevalece a opinião de quem sofre. Há a cultura do respeito as dores subjetivas de cada paciente. Como disse a Ana Cláudia "o sofrimento é único, cada um tem o seu". Então se é respeitado isso.
No
sentido de proporcionar uma finitude saudável em que o autor da própria
existência possa determinar seus dias, horários, valores, modos de pensar e
falar da vida, do corpo, vivências e relações com autonomia. Como disse a
Ana Cláudia, "para o paciente fazer o bom uso da vida dele".
Mas quem é Ana Cláudia? Dá uma olhada aqui:

Saiba mais...
Meu vizinho surtou e agora?
Para socorrer demandas psicológicas e acionar o Núcleo de saúde mental do Samu no Brasil precisa-se ligar para o 192. Se o senhor ou a senhora trata-se de estrangeiro e ligou para o 911 e o 112, não terá problema, pois a ligação será redirecionada ao 192.